Rural do Semi-Árido

As interações e a brincadeira são definidas como eixos norteadores dos currículos para Educação Infantil. A brincadeira constitui-se, portanto, como forma de interação da criança consigo mesma, com o outro e com a cultura. Os currículos que assumem e possibilitam o protagonismo e a centralidade da criança, consideram a brincadeira como sua linguagem e atividade principal, que envolve, portanto, produção de cultura lúdica.

A pesquisa tem como objetivos: Investigar sentidos de professores e crianças sobre o lugar da brincadeira nos currículos e práticas cotidianas da Educação Infantil e Analisar a brincadeira como atividade e linguagem principal da infância nas interações e experiências que são oportunizadas às crianças no contexto da Educação Infantil, de forma presencial ou remota.

Assumindo princípios da abordagem Histórico Cultural de Lev S. Vigotski (2005; 2009) e proposições do dialogismo de Mikhail Bakhtin (1995; 2003), a pesquisa está sendo desenvolvida em sete instituições públicas de Educação Infantil da região do Sertão Central Potiguar, que estão envolvidas no projeto de extensão Cultura Lúdica na Infância: interações e brincadeira, em desenvolvimento.

Para tanto, utilizamos procedimentos da pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas individuais e coletivas com professoras e crianças da educação infantil e sessões de observação com recurso audiovisual e registro em diário de campo.

Compreendemos que a pesquisa não pode estar dissociada da extensão universitária, sendo assim, a pesquisa pode contribuir para a compreensão dos sentidos atribuídos por professores sobre o lugar/espaço da brincadeira no cotidiano das instituições de Educação Infantil e no contexto de seus lares. Bem como, para identificação do repertório de brincadeiras vivenciadas pelas crianças no cotidiano e análise das interações e experiências que são oportunizadas às crianças no contexto da Educação Infantil, de forma presencial ou remota.